Fashion: step by step

Nascem as revistas de moda:

Em 1693, apareceu a primeira revista feminina, The ladies Mercury, publicada pelo livreiro londrino, John Dunton. Falava de moda mas tinha também artigos variados sobre temas como o amor, o casamento e etiqueta. Em 1731 apareceu pela primeira vez o conceito de revista para homens, com a Gentleman´s Magazine publicada pelo livreiro britânico Edward Cave, que inaugurou uma nova forma de difundir a moda masculina.

A partir de segunda metade do século XVIII, o desenvolvimento da moda passou a der documentado, sem lacunas. Isso se deu, graças às primeiras revistas dirigidas, por volta de 1770. Antes delas, a moda era difundida através dos bonecos vestindo as roupas, como contamos no século passado, via à moda de Versailles.

A moda também era difundida, através de gravuras ou estampas. Sátiras fashion e caricaturas apareciam em jornais semanais que publicavam moldes de roupas. Os livros de moda que eram timidamente publicados desde 1600, em tiragens pequenas, só retratavam a indumentária de tempos passados. Haviam também os jornais que publicavam crônicas descrevendo roupas, mas a partir desse tempo surgiram as ilustrações de moda.

Na Inglaterra, o jornal Lady´s Magazine começou a ser publicado em 1770; na França os pioneiros foram Gallerie des Modes (1777) e os eu sucessor o Cabinet des Modes (1785-1786). O mais conhecido jornal alemão Journal des luxus und der Moden, começou a circular em 1786. Depois da Revolução Francesa, o jornal Gallery of Fashion, publicado em Londres e o Journal des Modes, tornaram-se importantes.

Moda & estilo de vida na mídia de moda do século XVIII:

Esses jornais eram dedicados a um assunto que hoje chamamos de lifestyle – estilo de vida – palavra mágica para se entender a moda contemporânea. A pauta discutia os últimos modelos de roupas, novos livros, teatro e reportagens de moda.

Todas as revistas de moda tinham periodicidade de uma ou duas semanas, e eram conseqüentemente finas mas continham uma ou mais ilustrações de roupas coloridas, com todas as descrições da peça em foco. Nessas legendas, os trajes que não apareciam na figura, por exemplo a camisa ou colete que um homem usava por baixo de uma casaca, eram descritas por fora, contando todos os detalhes, tais como em que tecido tinha sido confeccionada, eram sugeridas outras coisas tais como outros tecidos adequados e botões da moda, por exemplo.

Até mesmo onde determinados materiais poderiam ser comprados, editando enfim, um serviço de manual de estilo. Na França, a Cabinet des Modes ilustrava os novos estilos em gravuras coloridas e já tinha um conceito moderno, pois abarcava roupas, decoração de interiores, mobiliário e até mesmo carruagens e jóias. Ou seja, já falava dos carrões da época.

Podemos ver, a partir de tais publicações, como a moda mudava já no século XVIII. Uma destas revistas podia dizer, por exemplo, que determinada roupa ou chapéu que há algumas semanas era hit, nesta edição, estava por fora, mudando hábitos dos consumidores, incitando o desejo pela última moda. No século XVIII, também começou-se a editar anuários fashion em formato de almanaques. Olhai os ancestrais deste nosso livro.

Originalmente as revistas eram dirigidas à intelectualidade com o tempo começaram a atender um mercado mais amplo. Donas de casa e suas serviçais, eram fãs das revistas onde acompanhavam a última moda.

Alguns criados que trabalhavam em casa de ricos, conseguiam números antigos dessas revistas e, mantinham-se informados das novidades. Mas as classes baixas nunca tinham meios de possuir as modas descritas nas ilustrações além do fato de terem eles que se vestir conforme suas classes sociais.

Ocasionalmente uma patroa ou patrão generoso fazia uma geral no guarda-roupa e os criados eram beneficiados, desde que dissimulassem a aparência das roupas para não serem confundidos com os patrões. De toda forma as informações das revistas ilustravam as pessoas simples que criavam suas próprias roupas.Sendo a moda daquele tempo, um privilégio de elite, era difundida dessa maneira, pelas classes menos privilegiadas, de forma nunca vista antes do surgimento desta mídia.

Tais publicações tiveram um grande impacto na sociedade, segundo observa Dr Valerie Steele, uma estudiosa acadêmica, americana, autora de vários livros sobre moda e curadora do Costume Institute do Fashion Institute of Technology – F.I.T, em Nova York.

Diz ela que na França, do século XVIII, as revistas dirigidas para as massas, tinham uma intenção mais concreta, era um meio de divulgar a moda francesa e despertar o desejo em outros paises pelo estilo made in France. Esses países começavam a copiar o que viam nas revistas francesas (como aconteceu com o Brasil da época). As revistas de estilo, começam assim a sua carreira como mídia da indústria da moda.

Túnel do tempo – 1920

Nada é tão bonita quanto uma loja conceito. Não digo aquelas que você vê em todos os lugares e só porque incluiram a palavra “concept” ela automaticamente possui conceito. Sim, porque loja conceito no Brasil é primo-irmão de espaço “lounge”, todo mundo acha que é, faz campanha em todo mídia que é um diferencial da empresa, mas não tem noção do que seja de verdade.

Enfim, voltando ao que interessa. Nessa nossa busca por coisas bacanas na internet, achamos uma loja conceito bem bacana: Confederacy. Lojinha pequena, no coração de L.A., com conceito dos anos 20. Os donos, Danny Masterson (do That 70’s Show) e Ilaria Urbinati (stylist super famosa americana) queriam celebrar a época mais “style” de todos os tempos. Assim, a Confederacy é toda anos 20. Você entra e é como se tivesse entrado no túnel do tempo, as roupas são contemporâneas com um twist vintage, os provadores são os cantinhos de telefone da época e os vendedores estão totalmente inserido no cenário: meninos de calça alta, suspensórios, e colete. já as meninas estão de saia de pregas. Tudo bem, chique, lindo e com propriedade.

Sou+nós=Camelo

Acordamos Marcelo Camelo. A proposital feiúra, estranheza e simplicidade de sua foto de divulgação grita uma  autenticidade: Marcelo é tão normal ou estranho como todos nós.

“É, sou normal, esquisitão, na minha… Também acordo com a cara inchada, feia e de saco cheio. Coloco minha camisa surrada e vou dando de ombros nos portais da casa até pisar descalço o chão gelado da cozinha”. No entanto, como é músico e dono de talento acima da média, ele sonado, toca seu violão de nylon como quem não quer nada. E assim, com inabalável e solitária preguiça matinal, que Camelo parece encantar versos e extrair as melodias que compõem seu/nosso painel de recordação.

Life is made of quotes

“This is a word that would need a book to give it its right definition! I will only say now that elegance must be the right combination of distinction, naturalness, care and simplicity. Outside this, believe me, there is no elegance. Only pretension.”

Christian Dior sobre Elegância.

“Disse alguém que a verdadeira elegância não é sequer notada. Não andemos tão longe. Mas é necessário convir que não é pela atenção que se chama que se pode avaliar a elegância. (…) Não use roupas que a incomodam. Por mais belas que sejam, ao fim de algum tempo, prejudicarão a graça dos gestos, a naturalidade dando um ar ‘endomingado’ a quem as use. Quem pode sorrir espontaneamente quando a cinta está tão apertada que quase tira o fôlego? (…) Um dos melhores modos de usar bem um vestido é, depois de vesti-lo, esquecer-se dele.”

Clarice Lispector sobre Elegância.

Como fazer um catálogo de moda conceitual?

Parece fácil responder essa pergunta. Mas o que a gente vê por ai, no Brasil, é um monte de gente fazendo um monte de coisa igual. Já falamos sobre isso em outro post, e reforçamos, o que faz uma equipe de marketing achar que campanha conceitual é transformar as fotos em pb, estourar logo e foto e alternar o material exposto com objetos de rua e da locação? Confessamos que já fizemos isso para uma marca, mas também, nosso papel na decisão “criativa e conceitual” era praticamente nula (sim, planejamento e criação executavam, não pensavam).

Voltando… Ao olhar referências e insights para alegrar nosso dia, achamos uma marca muito bacana, da estilista Sandra Backlund. O site é clean, chique e entrega o que espera. Ao clicar nas coleções, você morre de amores com o cuidado que a estilista teve com tudo: na forma das roupas, nas cores, na modelagem. Agora, o que nos chamou mais atenção é como esse trabalho tão cuidadoso, tão estudado é apresentado ao público. Diferente de algumas marcas, que se preocupam somente no produto, Sandra Backlund dá um show em conceituar a coleção e transmitir todo esse trabalho em fotos lindíssimas e de bom gosto.

Yes we can

Quando te falam para não fazer algo, te dá muito mais vontade de fazer, ou pelo menos de saber, “mas porque!?”. Os americanos não são obrigados a votar.

Novo trailer de The Curious Case of Benjamin Button

The Curious Case of Benjamin Button, terceiro filme com a parceria Fincher e Pitt — o segundo foi Clube da Luta.

O filme, pra quem não sabe, basicamente conta a história de um cara que nasce velho, tipo uns 80 anos, e vai ficando jovem, jovem e jovem até… Bom, sei lá, tem que ver o filme. Até lá, dá pra se contentar com mais um trailer do filme que explica bem melhor qual é a história da produção. Para assistir, click aqui e escolha a sua resolução predileta.

The Curious Case of Benjamin Button estréia dia 25 de Dezembro nos EUA

“Mãe, é assim que acontece em agência, oh ….”

– por Daniel Xavier.

DIA DA VIRADA

18:31h. Você teve uma tarde tranqüila. O folder da Associação dos Lojistas de Nova Friburgo morreu com um título de gaveta reprovado na sua ex-agência. O job “nome e logo” para o residencial na Barra da Tijuca passou fácil: “Suncoast Inn Boulevard Plaza Palace III”, com o sol se pondo atrás das letras. Lindo. Agora é esperar o diretor de criação atender o telefone e dar aquele vazari à la Mestre dos Magos.

18:45h. O atendimento daquela conta problemática, “que é muito importante para a agência”, atravessa a criação com um sorriso nervoso no rosto. Você torce para que seja apenas uma alucinação daquele sanduíche de pernil com abacaxi do Cervantes, que você está arrotando até agora. A porta do diretor de criação se fecha.

19:03h. O atendimento sai da sala. O diretor de criação pára na porta como um atirador da SWAT. Com a chave do carro numa mão e um terço na outra, você se espreme atrás do monitor e começa a entoar um silencioso mantra. Ele chama o nome do seu dupla e o seu. Você ouve um coro de 8 suspiros aliviados ao seu redor.

19:04h. A mesma porta se fecha novamente. Mas com você do lado de dentro. Era aquilo mesmo que você estava pensando.

19:18h. Você volta para o seu computador e fecha a janela com os horários do cinema. Após tomar mais um esporro da sua namorada no telefone, você segue com seu dupla para a salinha. Você já viu esse filme.

19:22h. Depois de xingarem toda a árvore genealógica do cliente, começa o brainstorm; logo interrompido para xingarem toda a árvore genealógica do atendimento.

23:05h. Vocês vão até o diretor de criação para mostrar as idéias. Ele escolhe a do layout mais difícil e vai nessa.

23:10h. Depois de fazer uma busca nos escombros da geladeira, e só encontrar um dedo de Coca sem gás e uma fatia de queijo Minas fungado com o nome do cara do financeiro no post-it, você liga para o Dominos.

23:39h. Vocês torcem para o Dominos atrasar. Mais um minuto e a pizza sai de graça.

23:40h. O Dominos chega. Você esqueceu de pedir troco para o seu Vale-Refeição.

0:09h. O montador pergunta sobre sua previsão para imprimir e vai dar um “rolê”.

2:23h. O sono começa a pesar. Você esquenta o café velho no microondas, bebe e vai direto para o banheiro. O montador volta bêbado e falando alto.

4:41h. Os layouts finalmente ficam prontos. A impressora dá pau. Para o seu desespero, o montador resolve ajudar.

5:20h. Um raio de sol entra pela janela e nem sinal de vida da impressora. Não tem jeito. Vai ter que ser na “The Flash” mesmo, a impressora à jato. De tinta. Você imprime, dá na mão do montador e foge antes que ele decepe os dedos.

6:09h. Você entra na portaria do seu prédio. Com a camisa pra fora da calça, os olhos vermelhos e cambaleante de sono, você dá “bom dia” ao porteiro. Ele retribui. Você sobe e ele fica pensando que só mesmo um vagabundo pra chegar em casa há essa hora em plena terça-feira.

“Ridendo Castigat Mores” (com o riso castigam-se os costumes)

Zadig é a história de um cidadão da Babilônia, mas poderia ser qualquer cidadão comum dos tempos de hoje. Sua vida é cheia de altos e baixos que, no início, parecem fora de propósito. Reflexo do desenrolar de uma vida, ele sempre se ronova, se completa, refaz e segue em frente. Apesar de tudo, plenifica e eterniza o ser humano. Zadig tem muito do sarcasmo de Voltaire: ironiza o poder, a organização política, a riqueza, o orgulho as pretensões da burguesia, a riqueza e a inveja.

Zadig & Voltaire é também uma das marcas cobiçadas em Paris. Falando em conceito de marca, o nome já diz tudo.

A arte pela arte

Desde 2000, o estudio Underware organiza workshops dedicados a experimentações tipográficas. Os materiais mais bizarros são utilizados e o resultado é pura arte. (obs.: não, isso não é uma ação de marketing de guerrilha)